Geisa Felipe

Geisa Felipe, flauta e traverso

Responsável pela cadeira de flauta transversal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Geisa Felipe obteve, com nota máxima e honra ao mérito, os títulos de Mestre e de Doutora pela Hochschule für Musik Freiburg, Alemanha, na classe do Professor Felix Renggli. Nessa mesma época, teve aulas com o Professor Aurèle Nicolet.

No Brasil, estudou na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com os Professores Celso Woltzenlogel e Eduardo Monteiro.

Foi premiada em diversos concursos nacionais, tais como: I Nelson Freire, I e II Armando Prazeres – OPES, I e II Jovens Flautistas da ABRAF. Participou também de concursos internacionais: International Jeunesses Musicales Competition (Sérvia, 2007), Maxence Larrieu (França, 2007, aprovada para a segunda fase), Flute Meetings Competition (Grécia, 2007, contemplada com segundo lugar), Jean-Pierre Rampal (França, 2008), Aurèle Nicolet (China, 2010).

Exerce intensa atividade camerística e orquestral, já tendo se apresentado nos Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Dinamarca, Luxemburgo, Argentina e Uruguai, integrando a Orquestra Jovem do Mercosul (primeira flauta solista), a Mannheimer Mozartorchester (indicação ao Grammy 2011), a Heidelberger Sinfoniker e a Philharmonie der Nationen. No Brasil, entre outras, ocupou o posto de primeira flauta solista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), participando de turnês nacionais com as mesmas e trabalhando sob a batuta de regentes como Kurt Masur, Lorin Maazel, Semyon Bychkov e Isaac Karabtchevsky.

Como solista, esteve à frente de orquestras como a Sinfônica Brasileira (OSB), Petrobrás Sinfônica (OPES) e Sinfônica da Bahia (OSBA), entre outras.

        Participou de inúmeras masterclasses e de diversos festivais no Brasil e no exterior, nas cidades: Campos do Jordão, Curitiba, Juiz de Fora (como aluna e como professora), Caracas (intercâmbio com El Sistema), Orlando (NFA/National Flute Association), Freiburg, Munique e Berlim (Deutsche Gesellschaft für Flöte).

Em sua atividade docente na Alemanha e no Brasil, destacam-se a Musikschule Breisgau, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Universidade de São Paulo (USP-Ribeirão Preto).

Convidada frequente para master classes, encontros de flautistas, festivais de música e bancas de concursos, Geisa Felipe trabalha em parceria com compositores brasileiros da atualidade, a fim de contribuir para a expansão do repertório nacional do instrumento.

Seu interesse pela flauta barroca começou na Alemanha. Estudou traverso com Karl Kaiser na Hochschule für Musik Freiburg e na Hochschule für Musik und Darstellende Kunst Frankfurt am Main e participou de master classes com Barthold Kuijken. Ainda na Europa, foi convidada para ser solista do Concerto de Brandemburgo n. 5, de J.S.Bach, sob a direção artística de Gottfried von der Goltz, spalla da Freiburger Barockorchester. Como camerista, interpretou a Oferenda Musical, também de J.S. Bach em um concerto moderado pelo musicólogo Meinrad Walter.

No Brasil, no campo da música antiga, destacam-se: o programa Partituras da TV Brasil (temporada 2014), a participação camerística e docente no Enfladu (Encontro de Performance em Flauta Doce de Uberlândia) e o vídeo educativo sobre o traverso para o Canal “Flauta em Foco” no YouTube. Atualmente é integrante da Orquestra Barroca da UNIRIO (OBU), grupo com o qual trabalhou em parceria com o Centre de musique baroque de Versailles, tocando traverso na tragédie lyrique Atys, de J. B. Lully, durante a 5ª Semana de Música Barroca da UNIRIO/CMBV.

Seu interesse é direcionado também para novas ideias musicais com instrumentos históricos, tendo publicado um artigo na Revista da Tulha (USP) com o título “Música brasileira contemporânea para traverso”. Na 23ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea foi convidada a apresentar a obra de Luciano Leite Barbosa, “Vanishing Point” para flauta barroca e eletroacústica.

Através de Edital, foi contemplada pela Universidade Federal de Uberlândia para pesquisa pós-doutoral em andamento na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, sob a supervisão da Profª.Drª. Laura Rónai, com o título: “O ensino do traverso no Brasil: sua relevância na pedagogia da flauta transversal moderna e considerações sobre o cenário atual”.

Geisa Felipe toca com uma flauta Palanca, réplica feita em grenadila pelo luthier Martin Wenner, a partir de uma original italiana do século XVIII.

Programa

Jean-Marie Leclair (1697 – 1764)

Sonata N.2 em mi menor, Op.9

I.Dolce: Andante 

II.Allemanda: Allegro ma non tropo

III.Aria: Affettuoso

IV.Giga: Allegro moderato

 

Alexandre Schubert (1970 – )

Suíte para traverso

I.Prelúdio

II. Intermezzo 

III. Canto 

IV. Dança

 

Anna Bon de Veneza (1738-1740 – 1767?)

Sonata N.4 em Ré Maior, Op.1

I. Allegro moderato 

II. Andante 

III. Allegro assai